A Nova Criatividade é Estratégica: Menos Ideia, Mais Intenção
A criatividade sempre foi celebrada como a alma do marketing. Mas, por muito tempo, ela foi tratada como uma entidade solta — um momento de inspiração que gera impacto, curiosidade ou entretenimento. Durante anos, a “boa ideia” era aquela que chamava atenção, virava manchete ou viralizava nas redes. O problema é que, em um cenário onde o novo surge a cada segundo e o conteúdo se dissolve no scroll infinito, chamar atenção não basta.
O que realmente constrói valor para as marcas hoje não é a ideia mais ousada ou visualmente impressionante. É a ideia que nasce com intenção. Que sabe para quem está falando, em que contexto, com qual objetivo e qual papel cumpre dentro de uma estratégia maior. A nova criatividade é estratégica — e é isso que a torna relevante, memorável e, acima de tudo, eficaz.

De ideias soltas a ideias com propósito: uma mudança de era
Há uma diferença enorme entre criar algo interessante e criar algo certo. A era da criatividade como espetáculo visual e discursivo está dando lugar a uma nova abordagem: a da criação com propósito, lastro e direção. Não se trata de perder liberdade criativa, mas de colocar a criação a serviço de algo maior — a construção da percepção de marca, o fortalecimento do posicionamento, a ativação de valores e o movimento de negócio.
A ideia com intenção não vive isolada. Ela é parte de um sistema. Ela nasce de uma verdade da marca, se encaixa na narrativa e tem papel claro dentro de uma jornada. É por isso que marcas com criatividade estratégica não dependem de um único “grande momento” para se destacar — elas criam constância, coerência e reconhecimento ao longo do tempo.
Criatividade como parte da estratégia, não como ponto de partida
Na Cadabra, a criação não começa com “qual é a ideia?”. Começa com “qual é o movimento que queremos provocar?”. A ideia criativa é consequência de uma estratégia bem estruturada, que considera mercado, comportamento, cultura, canais e principalmente: a identidade da marca.
É por isso que falamos tanto sobre intenção. Porque quando a criação nasce já alinhada à estratégia, ela não precisa ser forçada a “encaixar” depois. Ela já nasce no tom certo, com a estética certa, com a linguagem certa — pronta para se desdobrar em pontos de contato, ativações, conteúdo, produto ou experiência.
Criatividade com intenção é aquela que conversa com o time de mídia, com o time de varejo, com o branding, com o digital e com o físico — tudo ao mesmo tempo.
Casos reais: quando a ideia é só a ponta do iceberg
No projeto da coleção de 100 anos da Globo para a CCXP, a ideia de criar uma linha de produtos colecionáveis não era apenas “legal”. Ela nasceu de uma intenção clara: reforçar a Globo como marca da cultura pop brasileira, conectando passado e presente por meio de itens que ativam memória afetiva e desejo. A criação não começou com “vamos fazer algo bonito” começou com “vamos transformar legado em símbolo”.
No case da ativação de Tartarugas Ninja para Ri Happy e PB Kids, o quiz gamificado entregue via QR Code parece simples à primeira vista. Mas por trás da ideia havia um racional completo de comportamento de consumo infantil, ativação no PDV, licenciamento e jornada de engajamento. A ideia foi o formato — mas a estratégia foi o que garantiu que ela gerasse interação real e conversão emocional.
Por que o mercado precisa rever o que chama de “boa ideia”
Criatividade criativa por si só é ótima para portfólio — mas insuficiente para marcas que querem consistência, relevância e posicionamento forte. A criação precisa resolver problemas de comunicação, sim. Mas, acima disso, ela precisa sustentar a identidade da marca e sua intenção no mundo.
Muitas ideias impactantes geram likes, prêmios e buzz. Mas quantas delas geram memória? Vínculo? Reputação? Preferência? O valor criativo que interessa é o que perdura, o que constrói — não o que apenas performa por 24 horas.
A criatividade estratégica é o elo entre posicionamento e cultura
A Cadabra acredita que a criatividade mais potente é aquela que sabe seu lugar. Não como elemento decorativo ou vitrine de vaidade, mas como o ponto de interseção entre posicionamento, comportamento e cultura.
É com esse olhar que transformamos projetos em movimentos. PDVs em experiências. Produtos em colecionáveis. Marcas em símbolos. Tudo nasce com uma pergunta simples: o que queremos que o público sinta, perceba e lembre depois disso?
Conclusão
No fim das contas, toda boa ideia começa com uma boa pergunta. E hoje, a pergunta mais urgente da comunicação é: essa criação tem intenção ou só quer atenção?
Criatividade com intenção não significa deixar a liberdade de lado. Significa dar direção a ela. Significa permitir que a ideia brilhe porque está ancorada em algo sólido — e não porque foi feita para gritar sozinha.
O mercado não precisa de mais ideias. Precisa de ideias que façam sentido. E sentido se faz com estratégia.
Na Cadabra, criatividade não é um departamento. É uma mentalidade. Aqui, toda ideia nasce para cumprir um papel: construir marcas relevantes, com alma, estética e direção.
Se você também acredita que criatividade boa é a que transforma
Fale com a gente. Vamos criar com propósito.
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